Desde a dor do nasçer
De ser menina, ardência
Do querer, do Não, de ser quista,
E esquisita,
Ficar para o depois
Adolesçer,
Desejar e esperar
Sangrar do pouco ao muito ao inesperado
Não era para ser assim
De tomar o corpo e tê-lo tomado
De supetão ou devagarinho, a dor é inevitável
De ser menina a mulher a menina-mulher
Das lágrimas
Agora nao tem como voltar atrás
Leve-a ao médico, doente
O horrível da sensação
O demônio do corpo
Arde em febre,
tem mesmo que ser assim seu Doutor?
E se acostuma, mesmice, melhor prazer busca
Em si, noutro , em todos
De amor,de descartável já entende
Só não se esqueça de jogar fora depois de usar.
De arder por baixo
De vergonha, últero que é só meu
Foi machucado, culpada dos homens, malditos .
Sara logo que te quero linda em flor.
Desejo ser anjo.
Chora de dor, cheiro e sangue
Curada, esquece o que passou
Quer ter um filho, dois depois
Na dor do parto
volta o desejo de ser anjo, menina, menina-anjo
Queima e arde do sangue à vida, nova.
Satisfeita?
Quem mandou nascer mulher?!
quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
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