quarta-feira, 19 de março de 2014

Das memórias das crianças

Na boa, era muito mais legal antigamente quando as empregadas não eram evangélicas.
Elas eram subversivas! Fumavam, mesmo que aqui em casa isso fosse proibido! Transgrediam a ordem fumando na escada da área de serviço.
Umas escutavam sertanejo, outras aquele pagode sacana cheio de duplos sentidos que tocava na BH FM, na Líder ou na Extra FM.
A gente escutava empolgado as narrativas dos casos que elas tinham com os pedreiros, motoristas e caseiros da vizinhança. E vez ou outra algum galanteador desses esperava na porta até dar a hora delas "largarem serviço".
Sexta feira saiam mais cedo e segunda chegavam mais tarde... cheias de causos do Bailão Sertanejo e do Forró do Mangabinha.
As vezes me parece que a felicidade era mais acessível aquela época.
 Como me pareciam felizes aquelas mulheres!

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